domingo, 1 de julho de 2012

Ciborgues: Futuro do presente ou presente do futuro?

Ilustração: Edimilson Costa
“Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no banco, sem parentes importantes, e vindo do interior”, como já diria o grande Belchior. Tirando a parte do interior, já que somente os meus parentes não importantes são de lá, e não eu.

Enfim, comecei essa coluna aqui nesse mesmo blog, com um intuito que ainda está amadurando: tratar da vida, costumes, dia-a-dia e afins dentro desse grande abacaxi em que vivemos! 

E dentro dessa ótica, analisando o comportamento alheio - vide “andando de ônibus” – me toquei em algo que me ajudou a formular mais uma das minhas parvas teorias!


Fala-se muito no avanço da robótica e da informática, ao ponto de levar-nos a crer que, dentro em breve, teremos robôs e ciborgues andando para lá e para cá. Pois bem meus amigos, quanto aos robôs eu não sei, mas a era dos ciborgues já é contemporânea .

Ponha-se no lugar de um suposto viajante do tempo que partiu de meados do século XIX. Você ajustou seus sistemas para cair em São Paulo, no ano 2012. Ao sair de sua máquina, você encontra várias pessoas falando “sozinhas”, com fios saindo de dentro das roupas e conectados nas orelhas; aparelhos brilhantes e eletrônicos presos ao corpo; peças nos rostos e vestimentas. Você supostamente acharia que tais seres eram metade máquina e metade humanos!

Quem hoje, afinal, consegue viver sem o dispositivo celular? Poderíamos até fazer uma analogia que tal aparelho seria uma espécie de coração, nas visões do nosso altivo viajante temporal. 

Fora os gadgets hi-tech, temos também os membros mecânicos; implantes como marca-passo, por exemplo; óculos que tiram fotos. Para o futuro próximo seremos cada vez mais “ciborguizados” com o advento de novas próteses, implantação de chips e uma maior comunicação com a informática, coisas que já vem sendo criadas e testadas hoje em dia.


Você, leitor, acha que poderia ser taxado como um humano-máquina? Conseguiria se separar de seus aparatos “tecnovitais”? A integração entre homem e computador só tende a aumentar. Pensa que legal você entrar em casa, conversar com seus aparelhos, descarregar alguns pensamentos em um HD externo, arquivos no cérebro...

Enfim, parei de viajar. Boa cibernetização para todos nós. Vida longa e próspera!